,,,,Adriane Garcia
Lucas Ferreira
Luiza Simões
Caso Eloá Cristina se refere ao mais longo sequestro em cárcere privado já registrado pela polícia do estado brasileiro de São Paulo que adquiriu grande repercussão nacional e internacional.
[[como tudo começou]]Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos, invadiu o domicílio de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 16 anos, no bairro de Jardim Santo André, em Santo André (Grande São Paulo), onde ela e colegas realizavam trabalhos escolares. Inicialmente dois reféns foram liberados, restando no interior do apartamento, em poder do sequestrador, Eloá e sua amiga Nayara Silva.
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Após mais de 100 horas de cárcere privado, policiais do GATE e da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo explodiram a porta - alegando, posteriormente, ter ouvido um disparo de arma de fogo no interior do apartamento – e entraram em luta corporal com Lindemberg, que teve tempo de atirar em direção às reféns. A adolescente Nayara deixou o apartamento andando, ferida com um tiro no rosto, enquanto Eloá, carregada nos braços de um policial, foi levada inconsciente para o Centro Hospitalar de Santo André. O sequestrador, sem ferimentos, foi levado para a delegacia e, depois, para a cadeia pública da cidade. Posteriormente foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na cidade de São Paulo.
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Eloá Pimentel, baleada na cabeça e na virilha, não resistiu e morreu por morte cerebral confirmada às 23h30min de sábado (18 de outubro).
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[[Perspectiva da Polícia->Polícia]]
[[ler mais sobre Eloá->Eloá]]No dia do 13 de outubro de 2008, Nayara, Eloá, Iago Vilela de Oliveira, namorado de Nayara e colega de escola, e Victor Lopes de Campos, que também estudava no mesmo colégio, decidiram fazer o trabalho na casa de Eloá pouco antes do término das aulas. Os quatro estavam no apartamento quando Lindemberg entrou de arma em punho.
<img src="https://i.imgur.com/8sOhlK5.jpg"alt=Lindemberg invadindo o apartamento>
“Ele ficou bastante surpreso quando nos viu lá”, contou Nayara. “Falava que não era para estarmos ali. Que ia chegar, matar a Eloá e sair andando”. Além do revólver calibre 32, Lindemberg mostrava um saco de balas e dizia que tinha bastante munição. Desde o começo, ele agrediu Eloá com tapas.
A polícia chegou no fim da tarde, depois que o pai de Nayara tentou entrar no apartamento e ficou sabendo do sequestro. “O Lindemberg dizia para o pai da Eloá que tinha bastante consideração por ele e por toda a família, mas que ela não ia sair viva de lá”, lembrou Nayara. Segundo a adolescente, Eloá chegou a propor a retomada do namoro, mas Lindemberg não quis: “Ele dizia que tinha tentado conversar com ela várias vezes e que a Eloá não quis. Portanto, agora quem não queria mais era ele”.
Às 22h50min desse dia, Nayara Rodrigues, 15 anos, amiga de Eloá, foi libertada. No dia 15 Nayara foi chamada pela polícia para voltar ao local e ajudar na negociação à distância, ela obedeceu a ordem dos policiais e saiu do lugar onde estava, e voltou ao apartamento para ficar ao lado da sua amiga.
[[Lindemberg]]
Outro momento polêmico foi quando a jornalista Sônia Abrão da RedeTV! entrevistou Lindemberg e Eloá por telefone, intervindo diretamente nas negociações. O programa apresentado por Abrão, A Tarde É Sua, que tem média diária de 2 pontos no IBOPE, registrou pico de 5 pontos durante a entrevista com Lindemberg. De acordo com o sociólogo e jornalista Laurindo Leal Filho, que apresenta o programa da TV Câmara Ver TV, sobre ética na televisão, a interferência de uma emissora em um caso como esse, além de perigosa, é inconstitucional.
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Para o advogado Paulo Castelo Branco, ex-Secretário de Segurança do Distrito Federal e membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não houve infração nenhuma da jornalista do ponto de vista legal. Para ele, houve uma "incapacidade do Estado de proteger a área e de não permitir acesso de outros ao telefone do sequestrador".
O Ministério Público Federal de São Paulo decidiu mover ação civil pública contra a apresentadora pela exibição da entrevista. O MPF afirma que as entrevistas interferiram na atividade policial em curso e colocaram a vida da adolescente e dos envolvidos na operação em risco e pede indenização por danos morais coletivos de 1,5 milhão de reais.
[[Lindemberg]]
Durante o cárcere privado, o mais longo da história de São Paulo, Nayara Rodrigues da Silva, outra adolescente de 15 anos feita refém, liberada e tornada refém mais uma vez, disse que o rapaz, irritado porque Eloá, após o casal terminar o namoro, adicionou um rapaz no Orkut, quebrou o modem do computador do apartamento. Orkut, aliás, que chegou a ser atualizado durante a prisão.
Único filho homem da família, Alves nasceu na Paraíba, mas migrou para Santo André ainda pequeno e lá viveu até os dias de hoje. Foi criado pelas irmãs. Estudou até concluir o ensino médio.
Todos os dias, às 5h da manhã, dava partida na moto e ia para São Bernardo, na fábrica da Bombril, onde trabalhava como auxiliar de produção até as 15h30.
[[Saber sobre o Julgamento->Julgamento]]Saber se havia tido ou não um tiro antes da invasão da polícia no apartamento onde Eloá e Nayara eram mantidas reféns era um ponto crucial da investigação. Segundo o comandante da operação, Eduardo Félix de Oliveira, o local foi invadido somente após terem sido ouvidos disparos no interior.
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Mas não foi isso que a reportagem de César Tralli, exibida no Jornal Nacional em 18 de outubro, mostrou. A pedido do JN, o perito particular Ricardo Molina avaliou uma gravação que começava um minuto e dez segundos antes da explosão da porta do apartamento. Ele identificou tiros apenas após essa explosão que antecedeu a invasão policial, e não antes, como afirmava a Polícia Militar.
Os policiais estavam proibidos de darem qualquer declaração pública. Mas a TV Globo teve acesso ao depoimento dos agentes que participaram da ação. De cinco policiais, quatro afirmaram terem ouvido um disparo antes da invasão, mas nenhum foi preciso sobre o momento exato.
[[Críticas]]Eloá Cristina Perreira Pimentel, nasceu em Maceió, 5 de maio de 1993, sua morte ocorreu na cidade de Santo André, 18 de outubro 2008,era filha do ex-cabo da PM Everaldo Pereira dos Santos e de Ana Cristina Pimentel. Ea gora apara onde vamos ?
[[Pai]]
[[Lindemberg]]
A apresentadora Sônia Abrão, que causou polêmica ao entrevistar Lindemberg Alves enquanto ele mantinha a ex-namorada Eloá Pimentel em cárcere privado, foi arrolada pela defesa do acusado como testemunha no caso. A entrevista, ao vivo, foi ao ar em seu programa na RedeTV! no dia 15 de outubro de 2008 --o sequestro, que durou quase cem horas, terminou dois dias depois, com a morte da jovem.
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[[Sentença->Sentença]]Lindemberg foi condenado, em fevereiro de 2012, pelo Tribunal do Júri de Santo André, a 98 anos e dez meses de reclusão e pagamento de 1.320 dias-multa, no valor mínimo legal, negado o direito de recorrer em liberdade.
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Perém a 16ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP deu parcial provimento ao recurso interposto pela defesa de Lindemberg Alves Fernandes, condenado pela morte da ex-namorada Eloá Pimentel, e reduziu a pena do réu para 39 anos e 3 meses de reclusão, com início em regime fechado e ao pagamento de 16 dias-multa, no piso legal e manteve no mais a sentença de 1ª instância.O pai dela foi acusado de assassinar o advogado José Volemberg Lins, então presidente do MDB da cidade de Palmares, em 20 de dezembro de 1989.
Depois de ser preso pela Polícia Civil de Alagoas na tarde desta segunda-feira (28), o ex-cabo Everaldo Pereira dos Santos, pai da jovem Eloá Pimentel (morta pelo ex-namorado no mais longo caso de cárcere privado da história do país), afirmou em entrevista coletiva que nunca praticou assassinatos na vida e que é vítima de armação. "Eu era um integrante da Polícia Militar e nunca matei ninguém. Até hoje só existe o dedo apontador sobre mim, sem nenhuma prova", afirmou. Everaldo foi preso durante operação nesta manhã no conjunto Graciliano Ramos, periferia de Maceió. Ele estava na casa de uma cunhada e era foragido do Estado há 18 anos.
[[Polícia]] O brasileiro Marcos do Val é considerado um dos maiores especialistas em negociações. Para ele, volta da refém ao cativeiro foi 'maior absurdo dos absurdos'.
Balestreri afirma que 'houve erros flagrantes' no caso e que Nayara não poderia ter voltado ao local.
Entrevistado por Tralli, Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro), também avaliou a ação da polícia e apontou possíveis falhas da operação. Segundo ele, os 15 segundos entre a explosão da porta e a entrada efetiva da polícia no apartamento foram cruciais, pois permitiu que o sequestrador disparasse contra as adolescentes.
[[Lindemberg]] Os destinos dos jovens Eloá Cristina Pimentel, 15, e Lindemberg Fernandes Alves, 22, até um mês atrás namorados havia dois anos e sete meses, cruzaram-se ali mesmo no conjunto da CDHU do Jardim Santo André, onde se conheceram, moravam e estudaram.Os dois eram vizinhos entre aqueles 50 prédios. Eloá vivia com a família num dos blocos. A mãe e Alves, noutro. E as três irmãs do rapaz em um terceiro bem perto dali.Um foi o primeiro relacionamento do outro, num romance pré-adolescente, com ela aos 12 e ele aos 19 anos.
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Com o fim do namoro, para Alves sem motivo aparente, ela passou a ignorá-lo. Ainda assim, o rapaz insistia em reatar o relacionamento. Desde então, descrevem os colegas de peladas, ele ficou quieto, ouvia muita música e vivia com os olhos marejados.
Para as três irmãs, ele, "que não era bandido, era trabalhador", havia entrado em depressão após o rompimento com a garota e havia passado a ameaçá-la de morte caso ela não reatasse o relacionamento. "Foi uma loucura", resumiu uma das irmãs, a cozinheira Francimar Alves.
A "loucura" foi personificada em ciúmes.
[[sequestro]]